24.1.12

Residência Aberta - Festival Interferências


Através da epiderme, reaprendes o sentir.


“O sentir adquiriu uma dimensão anónima, impessoal, socializada que exige ser reclamada…É verdade que também nos podemos rebelar contra esta condição e reinvindicar o direito a um sentir interior, singular, subjectivo, privado, mas em relação a tais pretensões a nossa época tem sido cruel; ela reconhece os seus, acumulando-os de favores, mas discriminou e repudiou os outros.”[1]

O que venho propor é um caderno diário de impressões e pensamentos em formato de reflexão e discussão. Nele será registada o meu pensamento. Será uma plataforma de liberdade sensível, por onde será reclamada a vontade de nos fazermos ouvir, sem intenção de camuflar o erros e dúvidas. Será um trabalho sobre os outros através de mim, tanto como mera observadora, ou como ser pensante e ser sensivel. Será sobre o sentir, e não sobre o sentido, o já passado.


















[1] Mario PERNIOLA, Del sentire,Torino, Einaudi,1991 (tr. port. Do sentir,
Lisboa, Editorial Presença, 1993)